25 de nov. de 2007

Perfil - Mario Ponci Neto - Marinho





Empresa: CHILLI BEANS
Nome: Mario Ponci Neto
Função: Diretor de Expansao e Marketing
No. de unidades: 204



Mario Ponci Neto ou como ele gosta de ser chamado, Marinho. Nosso perfil da semana.
Marinho que também é integrante da banda Sould´Out, vc ainda não ouviu falar dela? Aguarde, vc vai se surpreender.

DENIS: Como você iniciou o trabalho com franquias e redes?
MARINHO: Iniciei o trabalho com franquias e redes, em 1989 na extinta MOBI, operadora de Pager da Portugal Telecom que se chamava MOBITEL. Era uma época onde franchising não tinha regulamento definido, poucos profissionais e as decisões requeriam mais bom censo do que conhecimento na área, e as formatações das marcas eram muito personalizadas no perfil da pessoa que efetuava a formatação. No meu caso eu entrei como assistente de franquia e nunca havia trabalhado neste segmento, eu era ilustrador e prestava serviços para o recém contratado para assumir a função de gerente de franquias, e como eu era prestador de serviços dele e eu entendia muito bem o briefing ele me contratou para materializar o que ele tinha em mente e isso era primordial no franchising, fazer os métodos e estratégias virarem ações efetivas visando resultados para os franqueados.


DENIS: Qual (is), em sua opinião são as principais diferenças entre trabalhar com marketing para franquias e redes e em trabalhar com o marketing tradicional?
MARINHO: Sempre falei que o grande diferencial de um profissional de marketing para redes de franquias, é que este profissional tem que entender que existem alguns clientes na cadeia toda para que o resultado seja alcançado, na minha opinião são: Franqueado, Funcionário e Cliente Final, se este profissional entender que toda cadeia tem que ser beneficiada nas ações ele terá sucesso, caso contrário será simplesmente um profissional de marketing, mas nunca entenderá a particularidade do mundo das franquias.

DENIS: Desde o momento que você começou no mundo de franquias e redes, o que acredita que mudou? (para pior e para melhor)
MARINHO: Muita coisa tem mudado e é claro nos dois sentidos, o mercado ficou inundado de marcas aventureiras sem conhecimento, formatação e sem sequer saber se ela tem perfil e força na pessoa jurídica e na pessoa física dos sócios para se tornar uma oportunidade de sucesso em franquias, além de aparecer um fantasma na cabeça das pessoas de que franquia é a salvação de todo desempregado que tem uma rescisão a receber, esta não é a verdade e com certeza quem pensar assim terá uma desilusão com o formato, pois tende a investir em empresas que estão na mesma situação que ele, sem conhecimento nenhum do sistema.

Por outro lado, o inverso é verdadeiro, muitas empresas começaram a se preocupar com formatação correta em mudança na operação da empresa para se adaptar ao sistema de franquia. Muitas delas se obrigaram a entrar na legalidade fiscal, recolhendo mais impostos, mas ganhando em escala de crescimento e valorização da marca.

Muitos empresários sérios investiram no sistema de franquias, fazendo que este sistema se consolidasse no mercado nacional e alcançasse um patamar altíssimo e importante na geração de negócios, empregos e oportunidades.

DENIS: Qual a pergunta que hoje vc não sabe a resposta e te incomoda não saber ?
MARINHO: Como entender a cabeça do Consumidor... esta pergunta eu me faço todos os dias, lemos muitas coisas, estudamos muito, assistimos várias palestras, nos preparamos, fazemos previsões, cálculos, estimativas, até previsões do tempo....traçamos um planejamento, ajustamos ele de semana em semana, mês a mês, trimestre em trimestre...e no meio do caminho, um avião bate nas torres nos EUA, longe muito longe do Brasil, sem impacto direto no hábito de consumo brasileiro, o Consumidor para de comprar pq está atônito em a frente da TV e joga toda previsão, e planejamentos, estimativas e regras de varejo para o espaço.... isto é incrível...me incomoda demaisssss não poder entender 100% o ser humanos e seus hábitos consumistas.


DENIS: Qual o maior desafio que você já teve na carreira e como solucionou?
MARINHO: O maior desafio que tive na carreira foi pegar uma marca com grande potencial, mas trabalhando totalmente na clandestinidade e no modelo de pessoa física e formatá-la por completo desde parte legal até ser operacionalmente viável para o sistema de franquias, e colocá-la como marca de ponta no segmento, sem nunca ter sofrido desfalques financeiros que fizessem ela se tornar inoperante, e o pior sem aporte de capital de pessoas físicas, grupos de investidores ou bancos. A solução foi muito bom censo, sensatez em respeitar a rede de franqueados e funcionários e ter humildade de dizer não sei quando foi preciso e ir buscar a solução muitas vezes no direcionamento dos próprios franqueados.

DENIS: Como você vê a questão das fusões e aquisições que estão ocorrendo entre franqueadores?

MARINHO: Eu acredito que o mercado esta passando por uma correria enlouquecedora por conquistar participação nele, e nas ondas que aparecem como fazer um IPO, muitas empresas ou marcas ficam olhando cristas de moda de negócios e oportunidades e a partir de uma primeira idéia muitos saem na correria brutal de não perder o timmings. Acho que as empresas têm que olhar mesmo as oportunidades de mercado e modismo coorporativo, mas não podem esquecer que criaram uma marca e tem responsabilidades com ela e principalmente com a tribo que foi construída em baixo dela, que é o seu bem mais valioso.

Preocupa-me muito o foco dos empresários em direcionar o negócio para uma onda de fusões, aquisições e oportunidades e nestas intersecções o foco da marca e seu DNA ser extinto, como vimos em várias fusões que presenciamos neste momento a marca morreu, para o mercado e para o dono dela que é o cliente

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